segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

PREVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA VISUAL NA INFÂNCIA

Em nosso meio, a baixa visão ainda passa muitas vezes despercebida a pais e professores, manifestando-se, com freqüência, no momento em que aumentam na escola os níveis de exigência quanto ao desempenho visual da criança para perto. Por sua vez, a cegueira é mais facilmente detectada e geralmente diagnosticada mais cedo. A detecção precoce de quaisquer dos problemas, pode constituir fator decisivo no desenvolvimento global da criança,desde que sejam propiciadas condições de estimulação adequada às suas necessidades de maturação, favorecendo o desenvolvimento máximo das potencialidades, minimizando as limitações impostas pela incapacidade visual. Em todas as situações escolares a professora tem, normalmente, oportunidade de observar sinais, sintomas, posturas e condutas do aluno que indicam a necessidade de encaminhamento a um exame clínico apurado. Sintomas e sinais mais comuns de alterações visuais 

Sintomas: 
• tonturas, náuseas e dor de cabeça; 
• sensibilidade excessiva à luz (fotofobia);
• visão dupla e embaçada; Condutas do aluno: 
• aperta e esfrega os olhos; 
• irritação, olhos avermelhados e/ou lacrimejantes; 
• pálpebras com as bordas avermelhadas ou inchadas; 
• purgações e terçóis; 
• estrabismo; 
• nistagmo(olhos em constante oscilação); 
• pisca excessivamente; 
• crosta na área de implante dos cílios; 
• franzimento da testa ou piscar contínuo para fixar perto ou longe;
• dificuldade para seguimento de objeto; 
• cautela excessiva ao andar;
• tropeço e queda freqüentes; 
• desatenção e falta de interesse; 
• inquietação e irritabilidade; 
• dificuldade para leitura e escrita;
• aproximação excessiva do objeto que está sendo visto; 
• postura inadequada; 
• fadiga ao esforço visual. 

 A avaliação da acuidade visual por si só não é fator determinante na detecção da deficiência visual. Torna-se, portanto, de suma importância a observação dos sinais e sintomas antes relacionados sobre as condutas dos alunos.Incidência, causas e formas de prevenção Dados da Organização Mundial de Saúde revelam a existência de aproximadamente 40 milhões de pessoas deficientes visuais no mundo, dos quais 75% são provenientes de regiões consideradas em desenvolvimento. O Brasil, segundo essa mesma fonte, deve apresentar taxa de incidência de deficiência visual entre 1,0 a 1,5% da população. Sendo a estimativa da cegueira infantil de uma entre 3.000 crianças e de uma entre 500 crianças para a baixa visão. Observando-se que esta corresponde a 80% dos casos e a 20% de pessoas totalmente cegas. 

Calcula-se que os dados estimados poderiam ser reduzidos pelo menos à metade, se fossem tomadas medidas preventivas eficientes.